Manifesto Pacífico em Alto Araguaia segue sem ocorrências policiais

Najla Santos

Réulliner Rodrigues
Assessoria do 15º BPM

A manifestação desta quinta-feira (20/06) em Alto Araguaia, interior do sul do estado de Mato Grosso, aconteceu de forma tranquila e ordeira.       De acordo com a estimativa do 15º Batalhão de Polícia Militar da cidade, cerca de 400 manifestantes participaram do ato em protesto a corrupção e melhorias nos setores básicos do país, sem nenhuma ocorrência policial.

A concentração dos manifestantes aconteceu por volta das 18h na Praça Ondino Rodrigues, popularmente conhecida como Praça da Matriz. Estavam presentes adultos, crianças e, a maioria, jovens. A equipe da PM contou com efetivo de treze policiais e quatro viaturas para fazer a segurança ao longo do percurso que seguiu da praça central à ponte da divisa; após, o colégio Carlos Hugueney à prefeitura do município, onde cantaram o Hino Nacional; depois a Câmara de Vereadores, retornando à praça central.

Um dia antes do movimento, os manifestantes fizeram uma reunião que contou com a presença do capitão do 15º BPM, Fernando Augustinho. Na oportunidade, o capitão explicou o trabalho da corporação e as medidas que seriam tomadas quanto à segurança dos manifestantes. “Nós tivemos pontos negativos em outras cidades que aconteceram estes eventos. Logo, a Polícia Militar de Alto Araguaia se propôs a dar total apoio, desde que o movimento cumpra com o mandamento legal e a ordem pública”, disse.

O movimento em Alto Araguaia começou pelas redes sociais em apoio e resposta ao movimento nacional. Os militantes reivindicavam, em sua maioria, contra a corrupção, melhoria na educação, saúde, segurança; duplicação da BR-364, criação de um anel viário e transparência com o dinheiro público municipal.

Segundo os organizadores, na próxima semana deverá acontecer outro manifesto com data a definir.

 

Acompanhe o vídeo do manifesto:

(Fonte: Alberton Viana)

 

 

Registro de ocorrências relacionadas à violência contra a mulher aumenta em Alto Araguaia

Najla Daniele Santos

Réulliner Rodrigues

Assessoria 15ºBPM

Nos cinco primeiros meses deste ano, o 15º Batalhão de Polícia Militar ‘Capitão PM José Wilson Souza’ registrou 49 ocorrências relacionadas a ameaças e agressões contra as mulheres no município de Alto Araguaia.

Com uma média de 9,8 ocorrências por mês, as denúncias têm aumentado consideravelmente, uma vez que foram registrados: 8 ocorrências em janeiro e fevereiro; 9 em março; 11 em abril e, 13 casos em maio.

O policial militar Al. Sgt. Setúbal ressalta: “Aconselhamos a todas as vítimas de violência doméstica e familiar a se manifestarem e denunciarem os agressores o quanto antes, seja através de ligações para o 190 ou até mesmo se dirigindo diretamente para a Delegacia”.

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a Lei nº 11.340 instituída no dia 7 de agosto de 2006, também conhecida como Lei Maria da Penha, prevê um capítulo específico para o atendimento pela autoridade policial para os casos relacionados.

Desta forma, a Lei permite aos policiais militares prenderem o agressor em flagrante, registrar o boletim de ocorrência, instaurar e remeter o inquérito ao Ministério Público. Atividade que, por sua vez, será conduzida para o juiz responsável pelo processo.

Lei Maria da Penha

A Lei combate à violência doméstica com punições mais duras para os agressores, como a possibilidade de prisão preventiva e o impedimento da imposição de penas alternativas. Assim, toda mulher, independentemente de classe, etnia, cultura, nível educacional, idade e religião, possuí os direitos fundamentais que lhes assegurem uma vida sem violência.